O QUE É HIPERTENSÃO ARTERIAL?

O dia 26 de abril é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica e representa o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, além de várias complicações como acidente vascular cerebral (derrame), infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica.

O que é pressão arterial?

O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo através das artérias. Quando o coração se contrai, o sangue é bombeado, gerando um fluxo sanguíneo. A força desse fluxo sanguíneo contra a parede das artérias é denominada pressão arterial.

A hipertensão arterial ou "pressão alta":

A hipertensão arterial ou "pressão alta" é uma doença comum: no Brasil, cerca de uma em cada cinco pessoas é hipertensa. Na hipertensão, ocorre a elevação da pressão arterial para valores maiores ou iguais a 140 por 90 mmHg. A elevação anormal da pressão arterial pode provocar lesões nos vasos sanguíneos e esses vasos, com o passar dos anos, podem entupir ou romper-se, levando a diversas consequências: doenças cardíacas, como o infarto, a insuficiência cardíaca (aumento do coração); derrame cerebral; insuficiência renal e alterações na visão, devido a doenças da retina (retinopatia). Ao contrário do que muitos pensam, a maioria das pessoas com pressão alta não apresenta sintomas e por isso a hipertensão arterial é conhecida como "doença silenciosa". Os sintomas como dor de cabeça, fadiga, falta de ar e tontura surgem quando o quadro é bastante grave ou após o surgimento de complicações.

Causas:

A grande maioria dos hipertensos (mais de 90%) apresenta uma forma de hipertensão cuja causa não é identificável. É chamada de hipertensão arterial essencial ou primária. É uma doença crônica e não tem cura, mas é possível o seu controle evitando suas complicações.

A hipertensão está associada a múltiplas causas e fatores de risco:

*Idade: o risco de hipertensão arterial aumenta com a idade;
*História familiar: pessoas que têm familiares hipertensos apresentam maior chance de se tornarem hipertensas;
*Etnia: a hipertensão é mais freqüente em afrodescendentes;
*Consumo de sal: a ingestão excessiva de sal contribui para a ocorrência de hipertensão arterial, sendo que o consumo entre os brasileiros é o dobro do que a OMS recomenda. Nosso organismo precisa de sódio que é fundamental para as funções celulares. Porém, o excesso está associado a hipertensão arterial. Sabe-se que a redução no consumo diário é capaz de diminuir o risco de acidente vascular cerebral e de doenças cardiovasculares;
*Obesidade: o excesso de peso aumenta a probabilidade de desenvolver a hipertensão. Procure saber qual é seu peso normal em relação à sua idade, altura e sexo e, se estiver acima desse peso, consulte seu médico sobre um programa de exercícios e dieta adequado para uma perda gradual de peso;
*Diabete: pessoas com diabete muitas vezes também sofrem de hipertensão. Essa combinação aumenta o risco de doenças cardíacas e renais;
*Abuso de álcool: estudos demonstraram que o abuso de álcool pode estar associado à pressão alta. O significado de "abuso" pode variar de pessoa para pessoa, dependendo do peso, hábitos alimentares e hereditariedade. De qualquer maneira, recomenda-se moderação;
*Vida sedentária: um estilo de vida sem exercícios regulares aumenta a probabilidade de excesso de peso, significando um fator de risco para o desenvolvimento da hipertensão;
*Cigarro: o hábito de fumar é um fator de contribuição para elevar a pressão arterial.
Nos demais casos, quando é possível identificar a causa, a hipertensão é denominada secundária. Nessas situações, é possível a cura pela remoção do fator que a motivou. Exemplos: hipertensão causada por problemas renais, distúrbios hormonais ou uso de medicamentos (exemplo: pílulas anticoncepcionais).

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